quinta-feira, 3 de dezembro de 2009


Registros da língua falada

Há pelo menos dois níveis de língua falada: a culta ou padrão e a coloquial ou popular. A linguagem coloquial também aparece nas gírias, na linguagem familiar, na linguagem vulgar e nos regionalismos e dialetos.Essas variações são explicadas por vários fatores:

• Diversidade de situações em que se encontra o falante: uma solenidade ou uma festa entre amigos.
• Grau de instrução do falante e também do ouvinte.
•Grupo a que pertence o falante. Este é um fator determinante na formação da gíria.
•Localização geográfica: há muitas diferenças entre o falar de um nordestino e o de um gaúcho, por exemplo. Essas diferenças constituem os regionalismos e os dialetos.


Atenção: o dialeto é a variedade regional de uma língua. Quando as diferenças regionais não são suficientes para constituir um dialeto, utilizam-se os termos 'regionalismos' ou 'falares' para designá-las.


A língua falada como recurso literário:


A transcrição da língua falada é um recurso cada vez mais explorado pela literatura graças à vivacidade que confere ao texto.Observe, no trecho seguinte, algumas das características da língua falada, tais como o uso de gírias e de expressões populares e regionais; incorreções gramaticais (erros na conjugação verbal e colocação de pronomes) e repetições:

'– Menino, eu nada disto sei dizer. A outro eu não falava, mas a ti eu digo. Eu não sei que gosto tem esse bicho de mulher. Eu vi Aparício se pegando nas danças, andar por aí atrás das outras, contar histórias de namoro. E eu nada. Pensei que fosse doença, e quem sabe não é? Cantador assim como eu, Bentinho, é mesmo que novilho capado. Tenho desgosto. A voz de Domício era de quem falava para se confessar:

– Desgosto eu tenho, pra que negar?... '

Um comentário:

  1. O importante é sempre lembrarmos que a língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se comunicar.

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